Reitero o desafio feito há dias a todos os visitantes deste blog que tenham tentado dizer a guerra em verso para que tenham coragem de mostrar as suas palavras.
Aqui deixo as minhas, as que sobreviveram depois de tantos anos, depois de tantas décadas. Palavras em arremedo de poesia. Um pouco mais e seriam música, um pouco menos e seriam preces.
100 versos. Tantas palavras e tão poucas, se comparadas com todas as palavras nunca ditas, essas outras palavras que morreram antes de serem escritas; palavras caladas, rejeitadas, dizendo o silêncio, o silêncio indecifrável da ausência das palavras.
Estas palavras, quase todas, nasceram apenas e pouco mais lhes aconteceu. Palavras simples, recém‑nascidas; palavras tentadas, esboçadas, inocentes; tentativas de palavras em busca da forma, guardadas assim à espera de crescerem, de ganharem sentido. Palavras casuais, soltas, inconscientes, gestuais; como folhas caídas ao acaso sobre a relva, encontradas e apanhadas apenas, sem outro intuito que salvá-las de serem para sempre esquecidas.100 versos, dos quais, todos os dias aqui virei trazer alguns.
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